O tema do casamento entre pessoas do mesmo sexo voltou a ganhar importância internacional nos últimos meses. Por duas razões:
1) o primeiro-ministro britânico David Cameron, um conservador, tem dito de forma explícita que é a favor do casamento gay, o que não implica necessariamente a legalização;
2) e há dias o presidente norte-americano, Barack Obama, disse ser a favor do casamento gay, mas sublinhou tratar-se de uma posição pessoal (note-se: não disse querer legalizar o casamento gay, disse que em abstracto é a favor, ele que ainda há quatro anos era abertamente contra).
Ao mesmo tempo, comecei a notar pela primeira vez a aparição, na imprensa e na internet, de discursos não conservadores e não religiosos contra o casamento gay. Não se ouvia nada do género há uns anos nos média mainstream, inclusivamente quando em Portugal se discutiu e aprovou o casamento homossexual.
Agora começam a levantar-se as vozes vindas de sectores gay que põem a nu a ideologia conservadora, mas bem disfarçada, que subjaz à defesa do casamento gay (como sempre se defendeu neste blogue).
Eis o excerto de um artigo recente, de origem norte-americana (original aqui):
«Today there is great moral pressure to fall in line behind the introduction of same-sex marriage. This is not due to the power of a relatively small number of gay activists; it is because the entire cultural elite – Democrats and increasingly Republicans – have thrown their collective weight behind gay marriage. In doing so, they are trying to assert their moral superiority by distinguishing themselves from so-called ‘bigots’.In this environment, those who disagree with, or have questions about, gay marriage will feel tremendous pressure to start conforming. Opposing gay marriage has become a view that ‘dare not speak its name’. Following Obama, expect more public figures to be called upon to recant and say ‘I now believe’.
Well, count me out. I will not join the cultural elite’s bandwagon, a bandwagon that runs on self-flattery and the demonisation of ‘backward’ voters. Critics of the same-sex marriage campaign are here, and we’re not all bible-thumping Christians – get used to it.» Sean Collins
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